Este álbum é uma série de gravações feitas em 1956 nos estùdios da Sun Records (em Memphis) pelo próprio Sun Phillips, apenas como uma “recordação”. Aham! Trata-se de uma "Jam Session" totalmente descompromissada com Elvis Presley, que na época já era o maior nome do show business da região e voltou ao estudio após ouvir uma gravação de de um rock - absosurdamente sucesso em potencial, Johnny Cash -que segundo ele mesmo foi o primeiro a chegar ao estúdio (citação de sua auto biografia "Cash"), Jerry Lee Lewis, o mais novato, considerado "gênio do piano e vocal" – mas ainda desconhecido fora de Memphis, e Carl Perkins que acabara de lançar o sucesso "Blue Suede Shoes", (que Presley queria gravar) e estava à procura de material novo, acompanhado de sua banda (seus dois irmãos e seu baterista W.S. Holland) e o encontro ficou apelidado como "O Quarteto de Um Milhão de Dólares" pois, afinal, foram esses quatro caras que fizeram a Sun Records se tornar o que se tornou. A maioria das faixas são curtas, e logo percebe-se a desorganização no estúdio, mas ainda assim a qualidade de som é ótima, com vários comentários deles como Jerry Lee lembrando aos outros a letra de "Brown Eyed Handsome Man". A sessão termina com Elvis indo embora e como declarou Johnny Cash: "Nem mesmo Elvis quer acompanhar Jerry Lee"
Texto1: http://obaudoedu.blogspot.com.br
Sam Philips já havia provado ser um bom homem de negócios desde que abriu a Sun Records, em 1952, sendo responsável pelo lançamento de alguns dos maiores artistas da música americana, como Elvis Presley, Johnny Cash, Carl Perkins e Jerry Lee Lewis. Portanto, quando esses quatro gigantes se reuniram na talvez mais famosa terça-feira da história, Sam não perdeu tempo: ligou os gravadores e registrou cada momento.
No dia 04 de dezembro de 1956, Carl Perkins gravava um novo álbum com seu trio, turbinado na ocasião pelo novato Jerry Lee Lewis tocando piano, quando, por puro acaso, topou com Elvis e Johnny, ambos apenas se divertindo no número 706 na Union Avenue, endereço do estúdio. “Topando” talvez não seja a palavra certa: o encontro, mais do que uma verdadeira união de talentos, foi um golpe criativo de Philips, criando uma lenda a partir de uma simples jam session.
Para começar, Johnny Cash não canta em nenhuma faixa; o álbum, relançado diversas vezes com faixas extras a cada edição, não inclui nem mesmo uma frase falada pelo músico. Quem se sobressai ao longo e toda a sessão é Elvis Presley, cantando a maioria das músicas e falando muito. Elvis ainda toca piano, cedendo lugar umas poucas vezes a Lewis, que, ao contrário da técnica simples do rei do rock, martela as teclas de modo explosivo. Para finalizar as críticas, a maior parte das gravações são músicas incompletas, tentativas frustradas de engatar uma canção; aquelas que chegam ao refrão são raras, assim como os solos de Perkins, que aparecem apenas esporadicamente.
A propaganda acerca da sessão foi enorme: Sam convocou o jornalista Bob Johnson, do Memphis Press-Scimitar, um jornal local, para “cobrir” o encontro, e um fotógrafo para imortalizar aquele momento único (a única foto tirada ilustra esse artigo). No dia seguinte, o artigo, intitulado O quarteto de um milhão de dólares, tornava imortal a brincadeira entre os quatro, mesmo que as fitas ficassem arquivadas na Sun durante anos até finalmente serem disponibilizadas para o público.
Mas justiça seja feita: apesar de todos esses “poréns”, a jam tem um valor inestimável. Por vários motivos. De fato, os quatro se encontraram e tocaram juntos, o que, por si só, já é algo impressionante, dada a importância deles. O repertório, escolhido na hora, é composto, em sua maioria, por músicas gospel. Os artistas mostram uma descontração muito grande, cantando de modo tranqüilo e agradável, realmente curtindo o momento. Outro ponto alto são as conversas que se perpetuam entre as faixas. Elvis, o mais falante de todos, faz algumas revelações interessantes, como sua admiração pela versão de Don’t Be Cruel, canção escrita por Presley em parceria com Blackwell, feita por Jackie Wilson, na época com Billy Ward and the Dominoes.
No balanço geral, o álbum vale a pena. Existem muitas versões, sendo que a completa é a melhor delas, já que mostra tanto as canções (ou pedaços delas) quanto as conversas e risadas entre as músicas. Misto de curiosidade, boa música e valor histórico.
Texto2: http://vamospensar.wordpress.com
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